quarta-feira, 23 de julho de 2008

Senti-me terrivelmente só...eis o motivo de minha saída repentina.


Olhou de seu assento as pessoas no outro ônibus, pela janela traseira, a que sempre traz propagandas, aquela não as tinha. Olhou-as com um carinho desmedido e incompreensível de ser, eram pessoas e pronto. Só que as pessoas não estão muito afeitas ao amor nessas últimas estações...


-Tens o sentido da vida?Só para me lembrar que não preciso dele tendo você por perto...


Clichê, há coisas essencialmente clichês, que só existem para me lembrar o quanto não gosto de plágios,nem de rimas pobres...Quantos de você existem dentro de você mesmo?


-Sou seca e sóbria...e às vezes sorrio...sou ácida.


-Pessoas não gostam de mim, pessoas não me entendem, pessoas confiam, me acham doce, não sei me definir...


-Sou muito bonito e bom demais pra essas garotas daqui, as olho daqui de cima. Não, não quero dançar, contato físico é guarnecer demais os outros. Serei eu gay?


Sou alguém sem rosto pra mim, um transeunte qualquer que segue por um caminho que não cruza o meu...