quarta-feira, 21 de maio de 2008



É meio que um comentário, mas não poderia deixar de fazê-lo: Pauta do dia... "Travessuras da menina má"
A vontade de ler esse livro é antiga e contida, por vários motivos que ensejariam outra postagem, enfim...consegui o tal livro, que é de um escritor peruano, Llosa, que eu não conhecia, mas já tive notícias de uma "companheira de viagem" que é um excelente narrador...
A "menina má" faz jus ao título, fazendo toda espécie de malabarismos sentimentais com o nosso herói, o "menino bom"; cabe aqui lembrar que a moça da capa não é nossa protagonista, não se teve notícias de que ela era afeiçoada à leitura, quem lê é alguém alheio ao livro e é uma mulher, o que me fez pensar que o livro é um manual para que as mocinhas sejam mais "más" e os mocinhos sejam mais "bons", mas não tão maus ou tão bons...é um conto de amor às avessas, onde o homem é sempre o mais machucado e onde há uma vilã, com características bem marcantes, que é ao mesmo tempo o bálsamo e o algoz do pobre moço.
O texto gira em torno da menina má de tal forma que ela foi o único personagem que se materializou na minha mente (ela era Emmanuelle Béart, de Le Héros de La Famille), muito embora não seja presente na história, se ausentando por longos períodos dentro da narrativa; quando consegue-se visualizar outro personagem, um "japonês franzino", o faz só para observar o abismo que separa a deslumbrante chilenita de um de seus amantes...
Tem algo de muito bom nesse livro? Não, não tem...só que ele evoca algo que não pude distinguir...
ainda...
De qualquer forma, é um bom presente...um bom empréstimo...uma boa leitura... quem sabe alguém consegue responder a pergunta da contracapa: "Qual é a verdadeira face do amor?"

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Aprendi, ao invés de tentar fazer as pessoas serem como eu, tentar ser como elas , entende?

eu tenho o mesmo muro intranponível que elas...


e vivo razoavelmente bem com isso...

Era algo sobre envelhecer, um presente de maioridade tardia, uma flor. Tornou-se duro e grotesco, pesado, quase triste. Matar algo de bonito de dentro de você, render-se, uma queda lânguida e cinza, uma música vagabunda que faz chorar, talvez propaganda de fim de ano, talvez...

"em que sentido?"

É como...você não está na parcela dos da solidão, você sempre tem alguém com quem contar...é só você que não quer às vezes...eu acho...

Sempre nem sempre quiça fosse só querer...

Não estou dizendo que você tem de amar....de novo, é só um lembrete...

E tinha tudo o mais a dizer e reivindicar de deus naquele dia, porque chovia, porque o sol brilhava demais, havia crianças chorando também, uma festa, uma saudade, uma ausência, e havia música não tocada, planos de um feliz ano novo que chegava ao meio, tantas máscaras e tantos risos...felicidade?Havia?Sempre há...

"acho que amor transcende isso"

Pensar em coisas, esmagá-las...torná-las menores, deglutíveis, mandá-las embora, não querer mais pensar em coisas pequenas tangíveis escorpiônicas...não se importar com neologismos...ser pena...bruma...riso melhor que lágrima, antes doce que salgado, o apertado ao frouxo, que seja quente frio, os mornos serão vomitados...

Feliz maioridade...